quinta-feira, 8 de março de 2018

Mãe,


Deixei para escrever sobre você no dia de hoje, esse dia que poderia ser o dia do seu nascimento também, mas é um dia tão bom que é de todas, é o dia de nascimento e de renascimento ainda que não seja aniversário. 

Dia de comemoração, de homenagens, e principalmente, de luta. Estranho ver você em casa, estranho ver que o começo de março foi calmo, estranho ver que não foi cheio de reuniões, que não planejou caminhada do batom, entrega de camisetas, panfletos, ato no calçadão do centro de Guarulhos...

Digamos que agora a luta é outra, é por você, é diária. Ainda que esteja em casa, você me inspira, nos inspira, eu agradeço quando vejo que com o passar do dia você só vai melhorando. 

Tão mulher, tão linda, parecidíssima com suas orquídeas, pouca água e enche-se de flores, que não sai sem passar pelo menos um batom, faz almoço com rolinhos no cabelo, mais tarde tira os grampos e fala que acabou de lavar, terrível né?

Mãe, você não aceita menos do que merece, você não acredita muito no impossível. Só quero te pedir uma coisa, continue inspirando, em todos os lugares, sei que você teve/tem a melhor professora, a vó. 

Ah, e só um adendo, ir de chuteira pra escola, ter caderno do Senninha, só me mostrou uma coisa, o importante era o que eu sou por dentro, e que eu posso ser o que quiser, inclusive diferente. 

Feliz dia meu amor, obrigada por ter feito de mim uma feminista, apesar de que com uns 4/5 anos eu nem sabia que tinha essa denominação, mas que tudo bem preferir as aulas de judô do que as aulas de balé.



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